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HOMENAGEM

SINTE/RN celebra 33 anos de existência em 02/09/22

2 Sep 2022

SINTE/RN: Há 33 anos, os profissionais da educação se uniam para construir o maior Sindicato do Estado

Somos uma Entidade Classista que pode comemorar sua idade e vitórias. Fundada em Congresso realizado no dia 02 de setembro de 1989, a partir da unificação das Associações existentes à época, de professores, orientadores e supervisores, e do SINSP, que reunia os funcionários em Educação, transformamo-nos neste gigante que é o SINTE/RN. Em âmbito nacional, fomos um dos primeiros sindicatos a reunir todos/as Trabalhadores/as em Educação em uma mesma entidade.


Nossa história foi forjada no enfrentamento à Ditadura Militar. Um momento histórico, de muitas dores e sofrimentos para muitas famílias que tiveram seus entes queridos mortos, torturados/as e marcados/as pelas cruéis e danosas atitudes e ações do conservadorismo militar que marca este país.


Quando nos tornamos Sindicato, já havia toda uma trajetória de lutas acumuladas. Havia também uma ideologia impregnada na sociedade brasileira: taxar qualquer militante de comunista ou subversivo e, até mesmo, marginal.


O primeiro presidente do SINTE foi o professor Manoel Júnior Souto. Ele não sabia, mas tinha o nome em uma ficha do DOI-CODI e essa informação só se tornou pública quando da formação da Comissão Nacional da Verdade, que averiguou e apurou as graves violações dos Direitos Humanos pela Ditadura Militar.


Nos trinta e três anos de existência do Sindicato, temos enfrentado episódios que revelam ideias preconceituosas e ideologias ultraconservadoras em circulação na sociedade. Como resposta, nunca demos espaço para o conservadorismo, para o fundamentalismo. Antes, abraçamos o pluralismo de ideias, a democracia. Estivemos nas ruas pela abertura política e conquistamos, na Constituição de 1988, o direito do Servidor Público se sindicalizar e criar seu Sindicato. Estivemos nas ruas como caras pintadas e em numerosas outras ocasiões.


Nosso estatuto é referenciado pelas deliberações tiradas em Congresso que são representativas da classe trabalhadora e firmadas por delegadas e delegados inscritos. A compreensão ideológica que permeia a nossa categoria permitiu enxergar que o fortalecimento das lutas passava pelo caminho da unidade dos/as trabalhadores/as.


Desde nossa origem somos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Mais recente, filiamo-nos à Federação Interestadual dos/as Trabalhadores em Educação (FITE).


Ao longo de mais de três décadas, tivemos renovações na direção do SINTE, tendo em vista que muitos militantes jovens declaram seu encanto pela luta e se colocam a disposição para trabalhar pela categoria, pela Educação.


Enfrentamos momentos difíceis, especialmente em épocas de governos estaduais e de prefeituras de extrema direita. Nesse contexto, nossas reivindicações eram voltadas para a formação e sustentação de uma gestão pública que assumisse a educação, a universalização do ensino, a valorização profissional.


Por muito tempo, a correção salarial só chegava para a categoria as custas de longas greves; greves que se repetiam ano após ano. Em outra frente, observávamos os ideais capitalistas, assentados no paradigma da eficiência, eficácia e qualidade total, chegarem às escolas nos anos 1990, e lutamos para desconstruir esse modelo comercial da educação. Para tanto, apresentamos a pedagogia de Paulo Freire e fazíamos o debate nas escolas, incluindo estudantes e suas famílias.

Mais recentemente, atuamos de forma contrária ao golpe institucional e midiático à presidenta Dilma Rousseff. Dissemos não a Emenda Constitucional nº 95/2016, que congelou os investimentos em educação pública e saúde. Dissemos não a Reforma Trabalhista. Nesse sentido, realizamos marchas e defendemos a educação básica. Nas ruas, defendemos os/as profissionais da educação e a classe trabalhadora em geral. Também denunciamos as consequências do golpe, das reformas e do voto em Bolsonaro – fatores que levaram a uma escalada da miséria no país.


A pandemia da Covid-19 sinalizou um novo tempo de resistência. Nesse contexto, lutamos na perspectiva de preservar a vida, recorremos ao Supremo Tribunal federal (STF) e conseguimos manter a categoria segura, em trabalho remoto.


Seguimos fazendo o enfrentamento nos planos nacional e local. Nesses últimos anos, o plano estratégico do SINTE está pautado na redução de danos causados à educação e aos profissionais da educação básica. Para tanto, trabalhamos no processo de aprovação de pautas que nos são caras, como a do Fundeb Permanente, o Piso Salarial, o terço de hora atividade, os planos de carreira.


Certamente, nesses 33 anos, quebramos muitos paradigmas. Entre lutas e conquistas, fortalecemos as regionais e os núcleos do Sindicato, nos municípios. Fortalecemos a categoria, fortalecemos a educação pública norte-rio-grandense. Daqui, prosseguiremos!

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SINTE/RN celebra 33 anos de existência em 02/09/22

2 Sep 2022

SINTE/RN: Há 33 anos, os profissionais da educação se uniam para construir o maior Sindicato do Estado

Somos uma Entidade Classista que pode comemorar sua idade e vitórias. Fundada em Congresso realizado no dia 02 de setembro de 1989, a partir da unificação das Associações existentes à época, de professores, orientadores e supervisores, e do SINSP, que reunia os funcionários em Educação, transformamo-nos neste gigante que é o SINTE/RN. Em âmbito nacional, fomos um dos primeiros sindicatos a reunir todos/as Trabalhadores/as em Educação em uma mesma entidade.


Nossa história foi forjada no enfrentamento à Ditadura Militar. Um momento histórico, de muitas dores e sofrimentos para muitas famílias que tiveram seus entes queridos mortos, torturados/as e marcados/as pelas cruéis e danosas atitudes e ações do conservadorismo militar que marca este país.


Quando nos tornamos Sindicato, já havia toda uma trajetória de lutas acumuladas. Havia também uma ideologia impregnada na sociedade brasileira: taxar qualquer militante de comunista ou subversivo e, até mesmo, marginal.


O primeiro presidente do SINTE foi o professor Manoel Júnior Souto. Ele não sabia, mas tinha o nome em uma ficha do DOI-CODI e essa informação só se tornou pública quando da formação da Comissão Nacional da Verdade, que averiguou e apurou as graves violações dos Direitos Humanos pela Ditadura Militar.


Nos trinta e três anos de existência do Sindicato, temos enfrentado episódios que revelam ideias preconceituosas e ideologias ultraconservadoras em circulação na sociedade. Como resposta, nunca demos espaço para o conservadorismo, para o fundamentalismo. Antes, abraçamos o pluralismo de ideias, a democracia. Estivemos nas ruas pela abertura política e conquistamos, na Constituição de 1988, o direito do Servidor Público se sindicalizar e criar seu Sindicato. Estivemos nas ruas como caras pintadas e em numerosas outras ocasiões.


Nosso estatuto é referenciado pelas deliberações tiradas em Congresso que são representativas da classe trabalhadora e firmadas por delegadas e delegados inscritos. A compreensão ideológica que permeia a nossa categoria permitiu enxergar que o fortalecimento das lutas passava pelo caminho da unidade dos/as trabalhadores/as.


Desde nossa origem somos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Mais recente, filiamo-nos à Federação Interestadual dos/as Trabalhadores em Educação (FITE).


Ao longo de mais de três décadas, tivemos renovações na direção do SINTE, tendo em vista que muitos militantes jovens declaram seu encanto pela luta e se colocam a disposição para trabalhar pela categoria, pela Educação.


Enfrentamos momentos difíceis, especialmente em épocas de governos estaduais e de prefeituras de extrema direita. Nesse contexto, nossas reivindicações eram voltadas para a formação e sustentação de uma gestão pública que assumisse a educação, a universalização do ensino, a valorização profissional.


Por muito tempo, a correção salarial só chegava para a categoria as custas de longas greves; greves que se repetiam ano após ano. Em outra frente, observávamos os ideais capitalistas, assentados no paradigma da eficiência, eficácia e qualidade total, chegarem às escolas nos anos 1990, e lutamos para desconstruir esse modelo comercial da educação. Para tanto, apresentamos a pedagogia de Paulo Freire e fazíamos o debate nas escolas, incluindo estudantes e suas famílias.

Mais recentemente, atuamos de forma contrária ao golpe institucional e midiático à presidenta Dilma Rousseff. Dissemos não a Emenda Constitucional nº 95/2016, que congelou os investimentos em educação pública e saúde. Dissemos não a Reforma Trabalhista. Nesse sentido, realizamos marchas e defendemos a educação básica. Nas ruas, defendemos os/as profissionais da educação e a classe trabalhadora em geral. Também denunciamos as consequências do golpe, das reformas e do voto em Bolsonaro – fatores que levaram a uma escalada da miséria no país.


A pandemia da Covid-19 sinalizou um novo tempo de resistência. Nesse contexto, lutamos na perspectiva de preservar a vida, recorremos ao Supremo Tribunal federal (STF) e conseguimos manter a categoria segura, em trabalho remoto.


Seguimos fazendo o enfrentamento nos planos nacional e local. Nesses últimos anos, o plano estratégico do SINTE está pautado na redução de danos causados à educação e aos profissionais da educação básica. Para tanto, trabalhamos no processo de aprovação de pautas que nos são caras, como a do Fundeb Permanente, o Piso Salarial, o terço de hora atividade, os planos de carreira.


Certamente, nesses 33 anos, quebramos muitos paradigmas. Entre lutas e conquistas, fortalecemos as regionais e os núcleos do Sindicato, nos municípios. Fortalecemos a categoria, fortalecemos a educação pública norte-rio-grandense. Daqui, prosseguiremos!

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