Créditos: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados | Tânia Rêgo/Agência Brasil - Foto extraída do site Brasil 247
A pressão virtual sobre o Congresso Nacional resultou em uma vitória histórica para os trabalhadores em educação do Brasil. Nesta quinta-feira (17) a Câmara dos Deputados reanalisou o PL 4372/2020, que objetivava regulamentar o Fundeb. Na ocasião, a maioria dos parlamentares votou favoravelmente à destinação de recursos oriundos do Fundo apenas para a educação pública. O projeto foi aprovado e agora vai à sanção do presidente Jair Bolsonaro.
A mudança de postura dos deputados federais aconteceu após na última terça (15) o Senado rejeitar o projeto aprovado pela Câmara na semana passada. Isso porque os senadores entenderam que deveriam ser excluídas as emendas que previam destinar dinheiro do Fundeb para a rede privada. Assim, devolveram o texto para os deputados. Pressionados, os parlamentares se reposicionaram.
Porém, essa atitude do Senado e a mudança de postura da Câmara dos Deputados aconteceu mesmo devido a uma intensa pressão nas redes sociais. Sob a liderança da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), milhões de profissionais da educação participaram de tuitaços, envio de e-mails e mensagens para os parlamentares. O SINTE/RN fez sua parte e chamou sua base para a luta virtual. O resultado foi satisfatório. Com isso, foram retirados do texto os seguintes pontos:
a) a privatização da oferta de educação técnica e profissional, com envio de recursos públicos para instituições conveniadas ou parceiras do poder público, como as entidades do Sistema S;
b) a privatização das atividades de contraturno escolar, visto que instituições conveniadas poderão ofertar atividades extracurriculares aos estudantes de escolas públicas, drenando recursos do custo aluno do Fundeb; e
c) pagar, com os 70% dos recursos do Fundeb destinados à remuneração dos profissionais da educação pública, profissionais das áreas técnica e administrativa, terceirizados e profissionais das instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas, incluindo psicólogos, assistentes sociais, contadores, advogados e mesmo militares.
A coordenadora geral do SINTE/RN, professora Fátima Cardoso, comemorou: “A mobilização, o trabalho da CNTE nos bastidores. Isso tudo levou a esta reviravolta que vai ficar na história! O trabalho incansável dos sindicatos. Essa vitória deve ser motivo de orgulho dos que lutaram e lutam todos os dias. Estamos de parabéns! Agradecemos a todos e todas”.
O professor e também coordenador geral, Rômulo Arnaud, celebrou: “Viva os trabalhadores/as. Viva a nossa CNTE. Viva os estudantes! Viva a educação pública.”
Por sua vez, o professor e coordenador geral do SINTE/RN, José Teixeira, mostrou preocupação mesmo apesar da vitória: “A minha preocupação ainda não acabou! O projeto que regulamentou o Fundeb ainda terá que ser sancionado pelo Bolsonaro”.
Aprovado em julho e agosto pelo Congresso Nacional, o Fundeb Permanente precisava de um PL que o regulamentasse. Por isso, o assunto voltou a ser pautado pelas duas casas em dezembro. Agora, o Fundo criado em 2007 não tem mais validade, tornando-se uma política de educacional irrevogável.
Créditos: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados | Tânia Rêgo/Agência Brasil - Foto extraída do site Brasil 247
A pressão virtual sobre o Congresso Nacional resultou em uma vitória histórica para os trabalhadores em educação do Brasil. Nesta quinta-feira (17) a Câmara dos Deputados reanalisou o PL 4372/2020, que objetivava regulamentar o Fundeb. Na ocasião, a maioria dos parlamentares votou favoravelmente à destinação de recursos oriundos do Fundo apenas para a educação pública. O projeto foi aprovado e agora vai à sanção do presidente Jair Bolsonaro.
A mudança de postura dos deputados federais aconteceu após na última terça (15) o Senado rejeitar o projeto aprovado pela Câmara na semana passada. Isso porque os senadores entenderam que deveriam ser excluídas as emendas que previam destinar dinheiro do Fundeb para a rede privada. Assim, devolveram o texto para os deputados. Pressionados, os parlamentares se reposicionaram.
Porém, essa atitude do Senado e a mudança de postura da Câmara dos Deputados aconteceu mesmo devido a uma intensa pressão nas redes sociais. Sob a liderança da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), milhões de profissionais da educação participaram de tuitaços, envio de e-mails e mensagens para os parlamentares. O SINTE/RN fez sua parte e chamou sua base para a luta virtual. O resultado foi satisfatório. Com isso, foram retirados do texto os seguintes pontos:
a) a privatização da oferta de educação técnica e profissional, com envio de recursos públicos para instituições conveniadas ou parceiras do poder público, como as entidades do Sistema S;
b) a privatização das atividades de contraturno escolar, visto que instituições conveniadas poderão ofertar atividades extracurriculares aos estudantes de escolas públicas, drenando recursos do custo aluno do Fundeb; e
c) pagar, com os 70% dos recursos do Fundeb destinados à remuneração dos profissionais da educação pública, profissionais das áreas técnica e administrativa, terceirizados e profissionais das instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas, incluindo psicólogos, assistentes sociais, contadores, advogados e mesmo militares.
A coordenadora geral do SINTE/RN, professora Fátima Cardoso, comemorou: “A mobilização, o trabalho da CNTE nos bastidores. Isso tudo levou a esta reviravolta que vai ficar na história! O trabalho incansável dos sindicatos. Essa vitória deve ser motivo de orgulho dos que lutaram e lutam todos os dias. Estamos de parabéns! Agradecemos a todos e todas”.
O professor e também coordenador geral, Rômulo Arnaud, celebrou: “Viva os trabalhadores/as. Viva a nossa CNTE. Viva os estudantes! Viva a educação pública.”
Por sua vez, o professor e coordenador geral do SINTE/RN, José Teixeira, mostrou preocupação mesmo apesar da vitória: “A minha preocupação ainda não acabou! O projeto que regulamentou o Fundeb ainda terá que ser sancionado pelo Bolsonaro”.
Aprovado em julho e agosto pelo Congresso Nacional, o Fundeb Permanente precisava de um PL que o regulamentasse. Por isso, o assunto voltou a ser pautado pelas duas casas em dezembro. Agora, o Fundo criado em 2007 não tem mais validade, tornando-se uma política de educacional irrevogável.