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DENÚNCIA

SINTE/RN repudia atitude machista na SME de Natal que impediu acesso de educadora ao prédio

12 Nov 2021

Uma professora da Rede Municipal de Natal foi impedida de entrar na Secretaria Municipal de Educação (SME). O motivo? Sua roupa foi considerada inapropriada. O caso aconteceu na última quinta-feira (11) e o traje em questão era um vestido.

Tânia Maruska Petersen trabalha na Escola Municipal Zuleide Fernandes, onde é conselheira escolar. Ela também atua no Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas). Segundo relato da educadora, ao chegar na SME, um segurança e o chefe de patrimônio barraram sua entrada na Secretaria sob a alegação de que sua roupa não era “adequada” para acessar o prédio.

“Um senhor chamado Josias, chefe do patrimônio, me destratou na portaria dizendo que minha roupa não condizia para entrar na Secretaria de Educação e que eu era uma educadora. Eu não sabia da existência de uma portaria nesse sentido na SME”, explica Tânia.

Embora tenha questionado a fala dos dois funcionários e estivesse no local para resolver questões relativas ao trabalho, ela foi impedida de entrar no prédio e se viu obrigada a assinar documentos na portaria, de pé.

“Fui constrangida, passei por uma situação vexatória. Me senti muito mal. Esse senhor não tem condições nenhuma de ocupar um cargo para orientar alguém dessa forma. Eu fiquei muito nervosa, extremamente humilhada, constrangida. Até agora estou sem acreditar que em pleno século 21, depois de tantas conquistas das mulheres, somos julgadas e criminalizadas pela roupa que usamos. Nós vivemos numa sociedade patriarcal, machista, misógina. Eu queria saber se fosse um homem, se esse funcionário teria feito o que fez comigo”, desabafou.

O fato foi rechaçado nas redes sociais. A deputada federal Natália Bonavides (PT) se pronunciou sobre o ocorrido: “É absurdo que ainda hoje a masculinidade queira estabelecer controles sobre os corpos das mulheres, como controlando nossas roupas. Minha solidariedade a profª. Tânia, barrada na Secretaria de Educação de Natal por não estar com roupa ‘adequada’, um vestido na altura do joelho.”

A vereadora Divaneide Basílio (PT) também se manifestou: “Todo meu apoio a você, Tânia! Em pleno 2021 ainda temos o machismo estrutural que nos controla até com a nossa forma de se vestir. Isso é inadmissível!” A parlamentar auxiliou a educadora a entrar com o processo de queixa e sua equipe foi com Tânia até uma delegacia fazer o boletim de ocorrência.

A direção do SINTE/RN, composta em sua maioria por mulheres, classifica o caso como absurdo, inaceitável e lamentável. O Sindicato se solidariza com a professora e se compromete a lutar contra o machismo onde quer que ele esteja.

ATO CONTRA O MACHISMO E EM APOIO À PROFª. TÂNIA

Na próxima terça-feira, 16 de novembro, o SINTE/RN realizará um protesto contra o machismo e em apoio à educadora. A atividade vai ocorrer em frente à Secretaria Municipal de Educação, com início às 9h. Todas as trabalhadoras em Educação, assim como os trabalhadores, são convidadas/os a participar do ato.

DENÚNCIA

SINTE/RN repudia atitude machista na SME de Natal que impediu acesso de educadora ao prédio

12 Nov 2021

Uma professora da Rede Municipal de Natal foi impedida de entrar na Secretaria Municipal de Educação (SME). O motivo? Sua roupa foi considerada inapropriada. O caso aconteceu na última quinta-feira (11) e o traje em questão era um vestido.

Tânia Maruska Petersen trabalha na Escola Municipal Zuleide Fernandes, onde é conselheira escolar. Ela também atua no Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas). Segundo relato da educadora, ao chegar na SME, um segurança e o chefe de patrimônio barraram sua entrada na Secretaria sob a alegação de que sua roupa não era “adequada” para acessar o prédio.

“Um senhor chamado Josias, chefe do patrimônio, me destratou na portaria dizendo que minha roupa não condizia para entrar na Secretaria de Educação e que eu era uma educadora. Eu não sabia da existência de uma portaria nesse sentido na SME”, explica Tânia.

Embora tenha questionado a fala dos dois funcionários e estivesse no local para resolver questões relativas ao trabalho, ela foi impedida de entrar no prédio e se viu obrigada a assinar documentos na portaria, de pé.

“Fui constrangida, passei por uma situação vexatória. Me senti muito mal. Esse senhor não tem condições nenhuma de ocupar um cargo para orientar alguém dessa forma. Eu fiquei muito nervosa, extremamente humilhada, constrangida. Até agora estou sem acreditar que em pleno século 21, depois de tantas conquistas das mulheres, somos julgadas e criminalizadas pela roupa que usamos. Nós vivemos numa sociedade patriarcal, machista, misógina. Eu queria saber se fosse um homem, se esse funcionário teria feito o que fez comigo”, desabafou.

O fato foi rechaçado nas redes sociais. A deputada federal Natália Bonavides (PT) se pronunciou sobre o ocorrido: “É absurdo que ainda hoje a masculinidade queira estabelecer controles sobre os corpos das mulheres, como controlando nossas roupas. Minha solidariedade a profª. Tânia, barrada na Secretaria de Educação de Natal por não estar com roupa ‘adequada’, um vestido na altura do joelho.”

A vereadora Divaneide Basílio (PT) também se manifestou: “Todo meu apoio a você, Tânia! Em pleno 2021 ainda temos o machismo estrutural que nos controla até com a nossa forma de se vestir. Isso é inadmissível!” A parlamentar auxiliou a educadora a entrar com o processo de queixa e sua equipe foi com Tânia até uma delegacia fazer o boletim de ocorrência.

A direção do SINTE/RN, composta em sua maioria por mulheres, classifica o caso como absurdo, inaceitável e lamentável. O Sindicato se solidariza com a professora e se compromete a lutar contra o machismo onde quer que ele esteja.

ATO CONTRA O MACHISMO E EM APOIO À PROFª. TÂNIA

Na próxima terça-feira, 16 de novembro, o SINTE/RN realizará um protesto contra o machismo e em apoio à educadora. A atividade vai ocorrer em frente à Secretaria Municipal de Educação, com início às 9h. Todas as trabalhadoras em Educação, assim como os trabalhadores, são convidadas/os a participar do ato.

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