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NATAL

Educadores de Natal aprovam estado permanente de greve e exigem eleições diretas para gestores

2 Sep 2021

A maioria dos participantes da Assembleia virtual dos educadores da Rede Municipal de Natal aprovou a instalação do estado permanente de greve da categoria. Tirada em Assembleia virtual conduzida pelo SINTE/RN nessa quarta-feira, 1º de setembro, a deliberação tem como motivo a insatisfação da categoria com a gestão Álvaro Dias.

Na prática, um estado permanente de greve significa sinalizar para o gestor do Executivo que o movimento pode ser decretado a qualquer momento. Essa ideia foi apoiada por 84% dos profissionais presentes ao encontro remoto. Porém, 8% votaram contra, outros 8% se abstiveram.

A Assembleia ainda decidiu exigir do município o cumprimento da lei da Gestão Democrática (147/2015), conquistada após quase três décadas de mobilização. Ou seja, quer eleições diretas neste ano para gestores das escolas do ensino fundamental e CMEIs, conforme prevê o texto em vigor. Assim, 60% dos educadores disseram sim a realização do pleito em 2021, 33% votaram pela continuidade dos mandatos atuais e 7% abriram mão do direito de opinar.

INSATISFAÇÃO

Embora a categoria não tenha aprovado paralisar suas atividades por tempo indeterminado, o clima de insatisfação é visível. Os educadores reafirmaram que o trabalho remoto impõe uma carga horária dobrada e custeada pelos seus salários, uma vez que os cofres municipais não bancam a internet e dispositivos usados nas aulas virtuais. Ao mesmo tempo ainda esperam pela atualização dos 12,84% relativos ao Piso Salarial 2020, cobrada há 18 meses pelo Sindicato.

Mas não é só isso. Os profissionais compreendem que a falta de infraestrutura nas escolas e CMEIs, a ausência de biossegurança e a não imunização completa contra a Covid-19 significam um maior risco de contaminação e morte, sobretudo diante da constatação de que a variante Delta está circulando na capital potiguar.

AULAS REMOTAS

Ficou acertado que as aulas da Rede Municipal de Natal seguirão acontecendo no formato atual. Assim, os educadores que não desejam voltar ao trabalho presencial antes da aplicação da segunda dose devem continuar trabalhando remotamente. Mesmo que a Secretaria Municipal de Educação (SME) tenha convocado o profissional para voltar a unidade de ensino.

ENCAMINHAMENTOS

Ao todo, cinco encaminhamentos de luta apresentados foram aprovados pela Assembleia. São eles:

  • Realizar mobilização pelas eleições para gestores/as das escolas e CMEIS da Rede Municipal de Natal, de acordo com a lei 147/2015;
  • Constituir um fórum permanente de discussão sobre Gestão Democrática (SINTE/RN, universidades, estudantes, educadores, Fogem, Anpae);
  • Cobrar o pagamento da Carga Suplementar;
  • Formar uma comissão de negociação; e
  • Participar da reunião da Comissão de Educação na Câmara Municipal de Natal, no dia 14 de setembro, às 9 horas.
NATAL

Educadores de Natal aprovam estado permanente de greve e exigem eleições diretas para gestores

2 Sep 2021

A maioria dos participantes da Assembleia virtual dos educadores da Rede Municipal de Natal aprovou a instalação do estado permanente de greve da categoria. Tirada em Assembleia virtual conduzida pelo SINTE/RN nessa quarta-feira, 1º de setembro, a deliberação tem como motivo a insatisfação da categoria com a gestão Álvaro Dias.

Na prática, um estado permanente de greve significa sinalizar para o gestor do Executivo que o movimento pode ser decretado a qualquer momento. Essa ideia foi apoiada por 84% dos profissionais presentes ao encontro remoto. Porém, 8% votaram contra, outros 8% se abstiveram.

A Assembleia ainda decidiu exigir do município o cumprimento da lei da Gestão Democrática (147/2015), conquistada após quase três décadas de mobilização. Ou seja, quer eleições diretas neste ano para gestores das escolas do ensino fundamental e CMEIs, conforme prevê o texto em vigor. Assim, 60% dos educadores disseram sim a realização do pleito em 2021, 33% votaram pela continuidade dos mandatos atuais e 7% abriram mão do direito de opinar.

INSATISFAÇÃO

Embora a categoria não tenha aprovado paralisar suas atividades por tempo indeterminado, o clima de insatisfação é visível. Os educadores reafirmaram que o trabalho remoto impõe uma carga horária dobrada e custeada pelos seus salários, uma vez que os cofres municipais não bancam a internet e dispositivos usados nas aulas virtuais. Ao mesmo tempo ainda esperam pela atualização dos 12,84% relativos ao Piso Salarial 2020, cobrada há 18 meses pelo Sindicato.

Mas não é só isso. Os profissionais compreendem que a falta de infraestrutura nas escolas e CMEIs, a ausência de biossegurança e a não imunização completa contra a Covid-19 significam um maior risco de contaminação e morte, sobretudo diante da constatação de que a variante Delta está circulando na capital potiguar.

AULAS REMOTAS

Ficou acertado que as aulas da Rede Municipal de Natal seguirão acontecendo no formato atual. Assim, os educadores que não desejam voltar ao trabalho presencial antes da aplicação da segunda dose devem continuar trabalhando remotamente. Mesmo que a Secretaria Municipal de Educação (SME) tenha convocado o profissional para voltar a unidade de ensino.

ENCAMINHAMENTOS

Ao todo, cinco encaminhamentos de luta apresentados foram aprovados pela Assembleia. São eles:

  • Realizar mobilização pelas eleições para gestores/as das escolas e CMEIS da Rede Municipal de Natal, de acordo com a lei 147/2015;
  • Constituir um fórum permanente de discussão sobre Gestão Democrática (SINTE/RN, universidades, estudantes, educadores, Fogem, Anpae);
  • Cobrar o pagamento da Carga Suplementar;
  • Formar uma comissão de negociação; e
  • Participar da reunião da Comissão de Educação na Câmara Municipal de Natal, no dia 14 de setembro, às 9 horas.

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