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TRABALHADOR

Após pressão popular, Bolsonaro revoga trecho de MP que suspendia salários por quatro meses

23 Mar 2020

Enquanto os líderes mundiais se preocupam em barrar a propagação do Covid-19, no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro publicou uma Medida Provisória (MP) que privilegia empresários e fragiliza empregos e empregados/as. Após críticas e muita pressão de setores populares, o presidente voltou atrás e revogou um trecho da MP 927/2020 que permitia a suspensão de contratos de trabalho em até quatro meses sem pagamento de salários.

A MP 927/2020 foi publicada no Diário Oficial da União dessa segunda, 23 de março, e além de trazer a possibilidade de suspensão de contratos de trabalho (ponto já revogado), a medida admite que empresas atrasem o recolhimento do FGTS; flexibiliza o regime de trabalho em casa; libera a antecipação de férias individuais mesmo que o trabalhador ainda não tenha trabalhado o tempo exigido para desfrutar do descanso mensal; facilita a concessão de férias coletivas e o uso do banco de horas; e permite a antecipação de feriados não religiosos.

Ao indicar que todas as medidas anunciadas podem ser automaticamente adotadas em negociações individuais entre patrões e empregados, sem a necessidade de observação de leis, acordos ou convenções de trabalho, Bolsonaro exclui os sindicatos da negociação. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), trata-se de uma atitude autoritária, perigosa e que conduz a um estado de exceção trabalhista no Brasil,.

A coordenadora geral do SINTE/RN, professora Fátima Cardoso, segue o entendimento da CNTE e ressalta que a MP protege empresários, atende exclusivamente aos interesses da classe empresarial, ao mesmo tempo em que ataca empregados/as, entregando-os/as à própria sorte, e ataca também a representação coletiva dos trabalhadores, como os sindicatos. Em tempos de pandemia instalada, de luta pela vida e pela saúde pública, Fátima chama atenção para a necessidade de manutenção de emprego e renda, a fim de que a tragédia social no país não seja ainda maior.

TRABALHADOR

Após pressão popular, Bolsonaro revoga trecho de MP que suspendia salários por quatro meses

23 Mar 2020

Enquanto os líderes mundiais se preocupam em barrar a propagação do Covid-19, no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro publicou uma Medida Provisória (MP) que privilegia empresários e fragiliza empregos e empregados/as. Após críticas e muita pressão de setores populares, o presidente voltou atrás e revogou um trecho da MP 927/2020 que permitia a suspensão de contratos de trabalho em até quatro meses sem pagamento de salários.

A MP 927/2020 foi publicada no Diário Oficial da União dessa segunda, 23 de março, e além de trazer a possibilidade de suspensão de contratos de trabalho (ponto já revogado), a medida admite que empresas atrasem o recolhimento do FGTS; flexibiliza o regime de trabalho em casa; libera a antecipação de férias individuais mesmo que o trabalhador ainda não tenha trabalhado o tempo exigido para desfrutar do descanso mensal; facilita a concessão de férias coletivas e o uso do banco de horas; e permite a antecipação de feriados não religiosos.

Ao indicar que todas as medidas anunciadas podem ser automaticamente adotadas em negociações individuais entre patrões e empregados, sem a necessidade de observação de leis, acordos ou convenções de trabalho, Bolsonaro exclui os sindicatos da negociação. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), trata-se de uma atitude autoritária, perigosa e que conduz a um estado de exceção trabalhista no Brasil,.

A coordenadora geral do SINTE/RN, professora Fátima Cardoso, segue o entendimento da CNTE e ressalta que a MP protege empresários, atende exclusivamente aos interesses da classe empresarial, ao mesmo tempo em que ataca empregados/as, entregando-os/as à própria sorte, e ataca também a representação coletiva dos trabalhadores, como os sindicatos. Em tempos de pandemia instalada, de luta pela vida e pela saúde pública, Fátima chama atenção para a necessidade de manutenção de emprego e renda, a fim de que a tragédia social no país não seja ainda maior.

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