As pernas curtas de Álvaro Dias
Já ensinavam os antigos que a mentira tem pernas curtas. A nota da Secretaria Municipal de Educação (SME) sobre a greve de três dias da educação municipal, é prova de que a máxima, apesar de antiga, continua atual.
A falácia da queda de receitas foi alcançada e atropelada por um estudo do DIEESE, que revelou aumento de 17,45% (+R$ 187 milhões) nas receitas totais do município até o primeiro trimestre de 2024, quando comparado aos dados do mesmo período de 2023.
Quando consideramos apenas o Fundeb, as receitas recebidas pela Prefeitura totalizaram R$ 96 milhões no 1º trimestre, representando um aumento de 10,69% (+ R$ 9 milhões) em relação ao mesmo período do ano anterior.
O DIEESE aponta que a Prefeitura de Natal tem condições de pagar a dívida de 65% aos educadores. Ao fazer isso, a Folha de pagamento subiria de R$344 milhões para R$ 567 milhões. Mas, de onde sairiam esses R$223 milhões, já que a receita prevista do Fundeb para 2024, conforme dados da Secretaria do Tesouro Nacional, é de R$ 420 milhões?
A resposta está no Orçamento Geral do Município. O Valor Anual Total por Aluno (VAAT) em vigência no ano de 2024 em Natal é de quase R$14 mil. Considerando o número de 55 mil matrículas, chega-se ao montante aproximado de R$770 milhões. Além disso, considerando dados do primeiro bimestre de 2024, o município conta com um superávit de mais R$220 milhões/mês. Esses recursos, portanto, são suficientes para quitar a dívida do município com os educadores e cumprir os direitos da categoria.
As pernas curtas das mentiras da nota da SME são alcançadas facilmente pela verdade. Álvaro Dias finge ter compromisso com a comunidade escolar, camufla um respeito ao direito constitucional de manifestação. Por isso, tenta esconder a necessidade de mobilização dos/as educadores/as e revida diante de movimentos que partem da educação.
Sobre isso, basta uma rápida olhada na história recente, na qual está o registro da retaliação feroz da Prefeitura às greves da educação, tratadas invariavelmente com repressão e judicialização e com total descaso e falta de diálogo ou negociação.
Enquanto trata a educação como inimiga, Álvaro Dias abandona a comunidade escolar à sua própria sorte. O resultado não poderia ser diferente: Natal amarga um dos piores resultados na educação pública da sua história.
A solução para esse estado de calamidade na educação é que, além da verdade superar a mentira, ela precisa gerar uma luta sem trégua, contra as ações e omissões do Prefeito inimigo da educação.
SINTE-RN.
Para baixar a nota, clique AQUI.
As pernas curtas de Álvaro Dias
Já ensinavam os antigos que a mentira tem pernas curtas. A nota da Secretaria Municipal de Educação (SME) sobre a greve de três dias da educação municipal, é prova de que a máxima, apesar de antiga, continua atual.
A falácia da queda de receitas foi alcançada e atropelada por um estudo do DIEESE, que revelou aumento de 17,45% (+R$ 187 milhões) nas receitas totais do município até o primeiro trimestre de 2024, quando comparado aos dados do mesmo período de 2023.
Quando consideramos apenas o Fundeb, as receitas recebidas pela Prefeitura totalizaram R$ 96 milhões no 1º trimestre, representando um aumento de 10,69% (+ R$ 9 milhões) em relação ao mesmo período do ano anterior.
O DIEESE aponta que a Prefeitura de Natal tem condições de pagar a dívida de 65% aos educadores. Ao fazer isso, a Folha de pagamento subiria de R$344 milhões para R$ 567 milhões. Mas, de onde sairiam esses R$223 milhões, já que a receita prevista do Fundeb para 2024, conforme dados da Secretaria do Tesouro Nacional, é de R$ 420 milhões?
A resposta está no Orçamento Geral do Município. O Valor Anual Total por Aluno (VAAT) em vigência no ano de 2024 em Natal é de quase R$14 mil. Considerando o número de 55 mil matrículas, chega-se ao montante aproximado de R$770 milhões. Além disso, considerando dados do primeiro bimestre de 2024, o município conta com um superávit de mais R$220 milhões/mês. Esses recursos, portanto, são suficientes para quitar a dívida do município com os educadores e cumprir os direitos da categoria.
As pernas curtas das mentiras da nota da SME são alcançadas facilmente pela verdade. Álvaro Dias finge ter compromisso com a comunidade escolar, camufla um respeito ao direito constitucional de manifestação. Por isso, tenta esconder a necessidade de mobilização dos/as educadores/as e revida diante de movimentos que partem da educação.
Sobre isso, basta uma rápida olhada na história recente, na qual está o registro da retaliação feroz da Prefeitura às greves da educação, tratadas invariavelmente com repressão e judicialização e com total descaso e falta de diálogo ou negociação.
Enquanto trata a educação como inimiga, Álvaro Dias abandona a comunidade escolar à sua própria sorte. O resultado não poderia ser diferente: Natal amarga um dos piores resultados na educação pública da sua história.
A solução para esse estado de calamidade na educação é que, além da verdade superar a mentira, ela precisa gerar uma luta sem trégua, contra as ações e omissões do Prefeito inimigo da educação.
SINTE-RN.
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