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NATAL

SINTE/RN promove ato contra o machismo e em apoio à educadora impedida de entrar na SME

16 Nov 2021

Nesta terça-feira (16), às 9h, o SINTE/RN realizará um ato contra o machismo e em apoio à educadora Tânia Maruska Petersen. A profissional foi impedida de entrar na Secretaria Municipal de Educação (SME) porque sua roupa foi considerada inapropriada. O caso aconteceu na última quinta-feira (11) e o traje em questão era um vestido.

A atividade vai ocorrer em frente à SME, com início às 9h, obedecendo aos protocolos contra a Covid-19. Todas as trabalhadoras em educação, assim como os trabalhadores, são convidadas/os a participar da atividade.

CONSTRANGIMENTO

A educadora Tânia Maruska Petersen, que foi vítima de constrangimento na SME, trabalha na Escola Municipal Zuleide Fernandes, onde é conselheira escolar. Ela também atua no Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas). Segundo seu relato, ao chegar na Secretaria, um segurança e o chefe de patrimônio barraram sua entrada na Secretaria sob a alegação de que sua roupa não era “adequada” para acessar o prédio.

“Um senhor chamado Josias, chefe do patrimônio, me destratou na portaria dizendo que minha roupa não condizia para entrar na Secretaria de Educação e que eu era uma educadora. Eu não sabia da existência de uma portaria nesse sentido na SME”, explica Tânia.

Embora tenha questionado a fala dos dois funcionários e estivesse no local para resolver questões relativas ao trabalho, ela foi impedida de entrar no prédio e se viu obrigada a assinar documentos na portaria, de pé.

“Fui constrangida, passei por uma situação vexatória. Me senti muito mal. Esse senhor não tem condições nenhuma de ocupar um cargo para orientar alguém dessa forma. Eu fiquei muito nervosa, extremamente humilhada, constrangida. Até agora estou sem acreditar que em pleno século 21, depois de tantas conquistas das mulheres, somos julgadas e criminalizadas pela roupa que usamos. Nós vivemos numa sociedade patriarcal, machista, misógina. Eu queria saber se fosse um homem, se esse funcionário teria feito o que fez comigo”, desabafou.

O fato foi rechaçado nas redes sociais. A deputada federal Natália Bonavides (PT) se pronunciou sobre o ocorrido: “É absurdo que ainda hoje a masculinidade queira estabelecer controles sobre os corpos das mulheres, como controlando nossas roupas. Minha solidariedade a profª. Tânia, barrada na Secretaria de Educação de Natal por não estar com roupa ‘adequada’, um vestido na altura do joelho.”

A vereadora Divaneide Basílio (PT) também se manifestou: “Todo meu apoio a você, Tânia! Em pleno 2021 ainda temos o machismo estrutural que nos controla até com a nossa forma de se vestir. Isso é inadmissível!” A parlamentar auxiliou a educadora a entrar com o processo de queixa e sua equipe foi com Tânia até uma delegacia fazer o boletim de ocorrência.

A direção do SINTE/RN, composta em sua maioria por mulheres, classifica o caso como absurdo, inaceitável e lamentável. O Sindicato se solidariza com a professora e se compromete a lutar contra o machismo onde quer que ele esteja.

NATAL

SINTE/RN promove ato contra o machismo e em apoio à educadora impedida de entrar na SME

16 Nov 2021

Nesta terça-feira (16), às 9h, o SINTE/RN realizará um ato contra o machismo e em apoio à educadora Tânia Maruska Petersen. A profissional foi impedida de entrar na Secretaria Municipal de Educação (SME) porque sua roupa foi considerada inapropriada. O caso aconteceu na última quinta-feira (11) e o traje em questão era um vestido.

A atividade vai ocorrer em frente à SME, com início às 9h, obedecendo aos protocolos contra a Covid-19. Todas as trabalhadoras em educação, assim como os trabalhadores, são convidadas/os a participar da atividade.

CONSTRANGIMENTO

A educadora Tânia Maruska Petersen, que foi vítima de constrangimento na SME, trabalha na Escola Municipal Zuleide Fernandes, onde é conselheira escolar. Ela também atua no Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas). Segundo seu relato, ao chegar na Secretaria, um segurança e o chefe de patrimônio barraram sua entrada na Secretaria sob a alegação de que sua roupa não era “adequada” para acessar o prédio.

“Um senhor chamado Josias, chefe do patrimônio, me destratou na portaria dizendo que minha roupa não condizia para entrar na Secretaria de Educação e que eu era uma educadora. Eu não sabia da existência de uma portaria nesse sentido na SME”, explica Tânia.

Embora tenha questionado a fala dos dois funcionários e estivesse no local para resolver questões relativas ao trabalho, ela foi impedida de entrar no prédio e se viu obrigada a assinar documentos na portaria, de pé.

“Fui constrangida, passei por uma situação vexatória. Me senti muito mal. Esse senhor não tem condições nenhuma de ocupar um cargo para orientar alguém dessa forma. Eu fiquei muito nervosa, extremamente humilhada, constrangida. Até agora estou sem acreditar que em pleno século 21, depois de tantas conquistas das mulheres, somos julgadas e criminalizadas pela roupa que usamos. Nós vivemos numa sociedade patriarcal, machista, misógina. Eu queria saber se fosse um homem, se esse funcionário teria feito o que fez comigo”, desabafou.

O fato foi rechaçado nas redes sociais. A deputada federal Natália Bonavides (PT) se pronunciou sobre o ocorrido: “É absurdo que ainda hoje a masculinidade queira estabelecer controles sobre os corpos das mulheres, como controlando nossas roupas. Minha solidariedade a profª. Tânia, barrada na Secretaria de Educação de Natal por não estar com roupa ‘adequada’, um vestido na altura do joelho.”

A vereadora Divaneide Basílio (PT) também se manifestou: “Todo meu apoio a você, Tânia! Em pleno 2021 ainda temos o machismo estrutural que nos controla até com a nossa forma de se vestir. Isso é inadmissível!” A parlamentar auxiliou a educadora a entrar com o processo de queixa e sua equipe foi com Tânia até uma delegacia fazer o boletim de ocorrência.

A direção do SINTE/RN, composta em sua maioria por mulheres, classifica o caso como absurdo, inaceitável e lamentável. O Sindicato se solidariza com a professora e se compromete a lutar contra o machismo onde quer que ele esteja.

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