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REDE ESTADUAL

Rede Estadual cobra vacinação, relata carga de trabalho e pressão por aulas presenciais

1 Apr 2021

A assembleia virtual da Rede Estadual de ensino aprovou todos os quatro encaminhamentos de luta apresentados pela direção do SINTE/RN na tarde desta quarta-feira (31). (Os encaminhamentos se encontram no final desta matéria)

Nas mais de duas horas de diálogo os profissionais pediram para o SINTE/RN seguir firme na luta pela vacinação imediata da categoria, considerada a única saída para a volta da normalidade. Relataram que em casa estão trabalhando o dobro ou o triplo, pois precisam conciliar aulas remotas, correção de atividades, inclusão de notas no sistema e, entre outras coisas, o atendimento individual aos estudantes.

Outra preocupação apresentada é relativa ao adiantamento do tradicional recesso escolar do meio do ano. Muitos apontaram que antecipar o recesso vai desorganizar os ciclos relativos aos anos letivos de 2020 e 2021 de muitas escolas que ainda não concluíram a carga exigida pela Secretaria Estadual de Educação. No entanto, apesar de todas as dificuldades, voltaram a defender que aulas presenciais só devem ser retomadas após a vacinação. Ainda contaram que se sentem pressionados pela sociedade para a retomada imediata das aulas presenciais, apesar de o Brasil estar em plena segunda onda da pandemia da Covid-19 com altos índices de contaminações, internações e mortes.

Os relatos demonstram o nível de estresse a qual os profissionais estão submetidos há um ano, embora parte da população insista em afirmar que os professores e funcionários não estão trabalhando, o que não condiz com a realidade.

VACINAÇÃO E AULAS PRESENCIAIS

Há meses o SINTE/RN está em campo na luta pela inclusão da educação entre os grupos prioritários da vacinação contra a Covid. A entidade, em parceria com as vereadoras Divaneide Basílio (PT) e Brisa Bracchi (PT), bem como o deputado Francisco (PT) e a deputada Isolda Dantas (PT), produziu dois projetos com este objetivo.

As matérias já se encontram na Câmara Municipal e Assembleia Legislativa. A boa notícia é que nesta quarta-feira (31 de março) os vereadores aprovaram o PL que inclui os educadores da capital dentro da prioridade para a vacinação. O texto da Rede Estadual ainda precisa ser analisado pelos parlamentares.

Quanto as aulas presenciais, em fevereiro o Sindicato ganhou na Justiça a Ação que moveu pedindo a derrubada do decreto que exigia o imediato retorno presencial ao trabalho nas escolas de Natal. Assim, os professores poderão continuar trabalhando em casa. Contudo, na semana passada foi aprovado um projeto que torna a educação pública e privada um serviço essencial em plena pandemia. De autoria do vereador Klaus Araújo(Solidariedade), o PL abre brechas para que em breve a categoria seja convocada para voltar a atuar presencialmente nas unidades de ensino.

No Estado, a situação é diferente. Embora os deputados tenham aprovado nesta quarta (31/03) um projeto que transforma a educação em serviço essencial, a rede pública foi dispensada do PL graças a uma emenda apresentada. Além disso, o Governo mantém o entendimento que as aulas nas escolas só devem ser retomadas após a vacinação.

AUDIÊNCIA

A audiência entre o SINTE/RN e a Secretaria Estadual de Educação (SEEC) que aconteceu na terça-feira (30) também foi ponto de pauta da assembleia. O pouco tempo disponível fez com que os dirigentes retratassem de forma resumida como foi a última conversa com a SEEC. O encontro entre as partes tratou de promoções, carga suplementar, concursados e pandemia. Quem quiser saber os detalhes pode clicar AQUI.

PEC 186 E REFORMA ADMINISTRATIVA

A já promulgada PEC 186 e a Reforma Administrativa proposta pelo Governo Bolsonaro também foram debatidas durante a assembleia. O professor e presidente da CNTE, Heleno Araújo, foi convidado pelo SINTE/RN para dialogar com a categoria.

Apontou que ambas objetivam destruir os serviços públicos, as carreiras dos servidores e desmontar o Estado brasileiro, pois miram na estabilidade e vantagens: “Paralelo a crise, eles continuam atacando os brasileiros, os trabalhadores, os servidores públicos. Vocês ouviram quando, entre outras coisas, o Paulo Guedes (Ministro da Economia) afirmou que deveria privatizar o Banco do Brasil e colocar uma granada no bolso dos servidores públicos e desmontar o Estado brasileiro”, disse.

Heleno criticou a postura do Governo Bolsonaro na pandemia, considerada negligente, negacionista e corresponsável pelas mortes de mais de 315 mil brasileiros.

HOMENAGEM

A direção do SINTE/RN chamou a categoria para fazer um minuto de silêncio em homenagem ao professor e coordenador geral, José Teixeira, falecido em 17 de março vítima da Covid-19 aos 57 anos. A homenagem também se estendeu a todos os trabalhadores e trabalhadoras em educação do RN e brasileiros que perderam a batalha para o novo coronavírus.

ENCAMINHAMENTOS

  • O SINTE/RN deve produzir uma nota pública questionando as exigências feitas pela SEEC aos professores durante a pandemia;
  • Manter a luta pela vacinação para todos os trabalhadores em educação e população em geral;
  • Manter a deliberação de que o retorno presencial só deve acontecer após a vacinação; e
  • Lutar por condições de acesso às aulas para os estudantes.
REDE ESTADUAL

Rede Estadual cobra vacinação, relata carga de trabalho e pressão por aulas presenciais

1 Apr 2021

A assembleia virtual da Rede Estadual de ensino aprovou todos os quatro encaminhamentos de luta apresentados pela direção do SINTE/RN na tarde desta quarta-feira (31). (Os encaminhamentos se encontram no final desta matéria)

Nas mais de duas horas de diálogo os profissionais pediram para o SINTE/RN seguir firme na luta pela vacinação imediata da categoria, considerada a única saída para a volta da normalidade. Relataram que em casa estão trabalhando o dobro ou o triplo, pois precisam conciliar aulas remotas, correção de atividades, inclusão de notas no sistema e, entre outras coisas, o atendimento individual aos estudantes.

Outra preocupação apresentada é relativa ao adiantamento do tradicional recesso escolar do meio do ano. Muitos apontaram que antecipar o recesso vai desorganizar os ciclos relativos aos anos letivos de 2020 e 2021 de muitas escolas que ainda não concluíram a carga exigida pela Secretaria Estadual de Educação. No entanto, apesar de todas as dificuldades, voltaram a defender que aulas presenciais só devem ser retomadas após a vacinação. Ainda contaram que se sentem pressionados pela sociedade para a retomada imediata das aulas presenciais, apesar de o Brasil estar em plena segunda onda da pandemia da Covid-19 com altos índices de contaminações, internações e mortes.

Os relatos demonstram o nível de estresse a qual os profissionais estão submetidos há um ano, embora parte da população insista em afirmar que os professores e funcionários não estão trabalhando, o que não condiz com a realidade.

VACINAÇÃO E AULAS PRESENCIAIS

Há meses o SINTE/RN está em campo na luta pela inclusão da educação entre os grupos prioritários da vacinação contra a Covid. A entidade, em parceria com as vereadoras Divaneide Basílio (PT) e Brisa Bracchi (PT), bem como o deputado Francisco (PT) e a deputada Isolda Dantas (PT), produziu dois projetos com este objetivo.

As matérias já se encontram na Câmara Municipal e Assembleia Legislativa. A boa notícia é que nesta quarta-feira (31 de março) os vereadores aprovaram o PL que inclui os educadores da capital dentro da prioridade para a vacinação. O texto da Rede Estadual ainda precisa ser analisado pelos parlamentares.

Quanto as aulas presenciais, em fevereiro o Sindicato ganhou na Justiça a Ação que moveu pedindo a derrubada do decreto que exigia o imediato retorno presencial ao trabalho nas escolas de Natal. Assim, os professores poderão continuar trabalhando em casa. Contudo, na semana passada foi aprovado um projeto que torna a educação pública e privada um serviço essencial em plena pandemia. De autoria do vereador Klaus Araújo(Solidariedade), o PL abre brechas para que em breve a categoria seja convocada para voltar a atuar presencialmente nas unidades de ensino.

No Estado, a situação é diferente. Embora os deputados tenham aprovado nesta quarta (31/03) um projeto que transforma a educação em serviço essencial, a rede pública foi dispensada do PL graças a uma emenda apresentada. Além disso, o Governo mantém o entendimento que as aulas nas escolas só devem ser retomadas após a vacinação.

AUDIÊNCIA

A audiência entre o SINTE/RN e a Secretaria Estadual de Educação (SEEC) que aconteceu na terça-feira (30) também foi ponto de pauta da assembleia. O pouco tempo disponível fez com que os dirigentes retratassem de forma resumida como foi a última conversa com a SEEC. O encontro entre as partes tratou de promoções, carga suplementar, concursados e pandemia. Quem quiser saber os detalhes pode clicar AQUI.

PEC 186 E REFORMA ADMINISTRATIVA

A já promulgada PEC 186 e a Reforma Administrativa proposta pelo Governo Bolsonaro também foram debatidas durante a assembleia. O professor e presidente da CNTE, Heleno Araújo, foi convidado pelo SINTE/RN para dialogar com a categoria.

Apontou que ambas objetivam destruir os serviços públicos, as carreiras dos servidores e desmontar o Estado brasileiro, pois miram na estabilidade e vantagens: “Paralelo a crise, eles continuam atacando os brasileiros, os trabalhadores, os servidores públicos. Vocês ouviram quando, entre outras coisas, o Paulo Guedes (Ministro da Economia) afirmou que deveria privatizar o Banco do Brasil e colocar uma granada no bolso dos servidores públicos e desmontar o Estado brasileiro”, disse.

Heleno criticou a postura do Governo Bolsonaro na pandemia, considerada negligente, negacionista e corresponsável pelas mortes de mais de 315 mil brasileiros.

HOMENAGEM

A direção do SINTE/RN chamou a categoria para fazer um minuto de silêncio em homenagem ao professor e coordenador geral, José Teixeira, falecido em 17 de março vítima da Covid-19 aos 57 anos. A homenagem também se estendeu a todos os trabalhadores e trabalhadoras em educação do RN e brasileiros que perderam a batalha para o novo coronavírus.

ENCAMINHAMENTOS

  • O SINTE/RN deve produzir uma nota pública questionando as exigências feitas pela SEEC aos professores durante a pandemia;
  • Manter a luta pela vacinação para todos os trabalhadores em educação e população em geral;
  • Manter a deliberação de que o retorno presencial só deve acontecer após a vacinação; e
  • Lutar por condições de acesso às aulas para os estudantes.

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